<em>Pereira da Costa</em> vai pagar
Na segunda-feira à noite, representantes dos trabalhadores da Pereira da Costa Construções, da administração e do IAPMEI acordaram uma proposta para liquidação dos créditos dos operários.
A luta acabou por dar resultados
«Estamos, sem dúvidas, perante uma grande vitória dos trabalhadores, ao fim de mais de um ano de resistência», comentou o presidente do Sindicato da Construção do Sul, depois de informar que a proposta saída da reunião no IAPMEI mereceu, terça-feira, aprovação unânime em plenário. Para João Serpa, o acordo de pagamento, que «contempla todos os direitos que a empresa se recusava a pagar», só foi possível pela luta desenvolvida, que exigiu sacrifícios no plano pessoal e familiar, com o apoio do sindicato e com a activa solidariedade do movimento sindical unitário, particularmente a União dos Sindicatos de Lisboa e a Federação da Cerâmica, Construção e Vidro, e do PCP, a vários níveis.
Para a reunião de segunda-feira, a administração alterou a sua «estimativa» da dívida aos trabalhadores, de um milhão para um milhão e meio de euros. Mesmo assim, este valor ficava aquém do que resultou do levantamento dos créditos, feito pelo sindicato (1,7 milhões). O acordo acabou por estabelecer a dívida em 1,6 milhões de euros.
Ficou definido que, no momento da assinatura do acordo (prevista para a próxima semana), a Pereira da Costa Construções entregará ao sindicato um cheque visado, no valor de um milhão de euros, por conta da dívida aos trabalhadores. Reverte igualmente para pagamento aos operários uma verba de 300 mil euros, que resultou das penhoras ordenadas por iniciativa dos trabalhadores. Os restantes 300 mil euros deverão ser liquidados pela administração, num prazo de 90 dias; caso não efectue este último pagamento, a empresa perderá o adiantamento inicial de um milhão de euros (como sucede com o «sinal», nos contratos-promessa de compra e venda).
O plenário de terça-feira decidiu que os trabalhadores vão manter-se junto às instalações da empresa, na Venda Nova, Amadora, até o acordo ser assinado e os pagamentos realizados.
Para a reunião de segunda-feira, a administração alterou a sua «estimativa» da dívida aos trabalhadores, de um milhão para um milhão e meio de euros. Mesmo assim, este valor ficava aquém do que resultou do levantamento dos créditos, feito pelo sindicato (1,7 milhões). O acordo acabou por estabelecer a dívida em 1,6 milhões de euros.
Ficou definido que, no momento da assinatura do acordo (prevista para a próxima semana), a Pereira da Costa Construções entregará ao sindicato um cheque visado, no valor de um milhão de euros, por conta da dívida aos trabalhadores. Reverte igualmente para pagamento aos operários uma verba de 300 mil euros, que resultou das penhoras ordenadas por iniciativa dos trabalhadores. Os restantes 300 mil euros deverão ser liquidados pela administração, num prazo de 90 dias; caso não efectue este último pagamento, a empresa perderá o adiantamento inicial de um milhão de euros (como sucede com o «sinal», nos contratos-promessa de compra e venda).
O plenário de terça-feira decidiu que os trabalhadores vão manter-se junto às instalações da empresa, na Venda Nova, Amadora, até o acordo ser assinado e os pagamentos realizados.